É de noite que se vê melhor o arco-íris. Principalmente se houver lua cheia. quando estes dois sinais encantatórios se encontram, há gente que vai para a montanha, que dança nua junto à fogueira aos sons dos tambores. Que vai cuspir fogo, fumar cachimbos da paz, amar-se entre as ervas. foi assim na última lua cheia, perto da vila de Salto, na serra da Maçã, no muito nosso Trás-os-Montes (Agosto 96). Não, não foram os transmontanos que, subitamente eivados de paganismo, decidiram fazer renascer um remoto costume celta. A tribo que se festejou ao luar, apesar de se reclamar dos ritos das civilizações antigas, ainda agora acabou de nascer. Falamos da Rainbow Family, que, para o seu 14 encontro europeu, escolheu como local de culto a serra barrosã, tentando assim assinalar o aparecimento do seu ramo português. A informal "família do arco-íris da lua viva" teve a sua primeira reunião em 1972, como resultado do encontro de dois grupos de "hippies" californianos nas montanhas Rochosas, nos Estados Unidos. Espalham-se pelo planeta, dizem, "para cumprir a profecia dos índios hopi, que, chacinados pelos brancos, deixaram a promessa de que voltariam no corpo de homens e mulheres de todas as raças e todas as cores, como no arco-íris, para cuidar da mãe natureza".
Respondem à chamada, à volta da fogueira do Grande Círculo, "neo-hippies", viajantes, saltimbancos, "freaks", jovens anarco-ecologistas, curiosos, nostálgicos dos anos 60. Várias gerações que vão do "slogan" "Make love not War" até ao refrigerante " Não somos doidos, sabemos o que queremos".
Foi assim em Julho e Agosto de 1996, em Salto Montalegre...
Agora estão de regresso, novamente nas montanhas de Salto, Julho e Agosto 2011, entra no espírito junta-te a eles, pois está toda a gente convidada...
“Olhar e ver” uma imagem é um processo próprio à espécie humana, e na sua relação com o espectador entram em jogo, além da capacidade percetiva, o saber, os afetos e as crenças, que são vinculados às regiões históricas, classes sociais, épocas e culturas. Hoje não é possível tratar o espectador sem levar em conta esses aspetos da sua formação e sem ter em vista que o modelo de espetador varia consideravelmente segundo o enfoque dado na leitura da imagem e na sua produção
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